No último dia 19 de maio de 2021, a União Europeia definiu quais serão as diretrizes adotadas para reabertura do turismo no continente e a permissão de entrada de turistas estrangeiros, sem que haja a necessidade de observar um período de quarentena. Todas as 27 nações que integram o bloco concordaram com o relaxamento parcial das restrições referentes à Covid-19, mas o bloqueio permanece inflexível para a grande maioria dos países dos demais continentes.
Mesmo com o anúncio da Comissão Europeia, ainda não foi divulgada uma data em que essas restrições serão amenizadas e permitidas a entrada dos turistas estrangeiros, pois para que isso ocorra, todos os países do bloco precisam aprovar formalmente as medidas. O intuito é que todos os países tenham ratificado o acordo até o final do mês de maio, para que as regras possam entrar em vigor já no mês de junho.
Segundo as novas diretrizes propostas, turistas estrangeiros terão a sua entrada permitida no continente e sem a necessidade de cumprir quarentena, desde que tenham recebido todas as doses da vacina contra Covid-19 e que esses imunizantes tenham a aprovação da Agência Europeia de Medicamentos. Assim sendo, somente turistas que receberam há pelo menos 14 dias as vacinas dos laboratórios AstraZeneca, Johnson & Johnson, Moderna e Pfizer, serão beneficiados. Isso significa dizer que, pessoas vacinadas com imunizantes produzidos pelas chinesas Sinovac e Sinopharm, a russa Sputnik e demais laboratórios, não estão elegíveis a ingressar na Europa.
Mas como fica a situação da Grécia? Como membro do bloco, eles devem adotar as regras da maioria, mas com algumas variações. Inclusive, o país já suspendeu o requisito de quarentena para viajantes provenientes da Arábia Saudita, Austrália, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Coréia do Sul, EUA, Israel, Nova Zelândia, Reino Unido, Rússia, Tailândia, dentre outras nações.
E qual o cenário para os turistas brasileiros que pretendem visitar o território grego? Diferentemente do posicionamento da Comissão Europeia, a Grécia está aceitando como elegíveis, além dos imunizantes já mencionados, também os dos laboratórios Cansino, Gamaleya, Novavax, Sinopharm e Sinovac. Mas o reconhecimento dessas vacinas, não significa dizer que brasileiros terão o acesso ao país facilitado. Ao que tudo indica, estes continuarão impedidos de ingressar no território grego ou pelo menos terão muitas dificuldades para conseguir visitar o país. Primeiramente, o número de brasileiros imunizados é muito baixo. Segundo, como a pandemia está fora de controle no Brasil, o país foi incluído no grupo de nações não seguras. Somente países com boa situação epidemiológica estão sendo beneficiados. Isso significa dizer que, a taxa de infecção deve ser de 25 para cada 100 mil habitantes. Mas pasmem, no Brasil essa taxa atinge 395, ou seja, um número infinitamente superior ao tolerado. Mediante todos esses fatores negativos, o Brasil ficou de fora da lista de países em que o governo grego isentou seus cidadãos de ingressar no território, sem a necessidade de observar a quarentena.
Dessa forma, o acesso a turistas brasileiros ao território grego será muito dificultado, e os que porventura conseguirem ingressar as fronteiras, estarão sujeitos à comprovação de exame negativo para Covid-19, apresentação de um certificado de recuperação da infecção emitido por autoridade pública, testes realizados no desembarque, preenchimento de formulários e ainda, quarentena de 10 dias, dentre outras regras que o governo considerar pertinente.
Para mais informações sobre todos os requisitos para viagens a Grécia, acesse a página oficial do governo grego (em inglês), clicando aqui.